SOBRE PARCEIROS C-BOX AUTOR
SOBRE


Apenas o blog de um cara louco e cheio de ideias, tentando um pouco da sua atenção. Um lugar aonde você encontra assuntos abordados de uma maneira simples, rápida e de fácil compreensão. Está esperando o que para começar a ler?


O Clone (Parte 1)


Título: O Clone
Gênero: Suspense
Contém: Agressão Física

Era outubro, as folhas secas combriam completamente o chão, tornando as ruas em enormes tapetes coloridos. O sol se punha num lindo tom de laranja, muitas pessoas se reuniam nos morros para obsevar aquilo. Mas não Susan, ela estava ocupada de mais para isso.
Ela estava numa lanchonete comendo um hambúrguer e sentindo o cheiro de formol em seu cabelo, causado pelas mais de quatro horas que ficou no necrotério em companhia do corpo de Steven Morgan, um jovem que havia aparecido morto na cidade, completamente demembrado e desfigurado. Provavelmente aquele seria mais um caso sem explicação, isso estava acontecendo muito ali. Vários assassinatos estavam ficando sem explicação de uns tempos para cá. Pessoas eram encontradas mortas sem nenhuma pista de quem as matara.
"Eles estão ficando cada vez mais espertos" Susan pensava. 
A cabeça da moça estava completamente cheia, trabalho, casa, essa investigação, e de quebra ainda tinha que encarar as cantadas de Jeremy, seu colega de trabalho. Fazia alguns meses que Jeremy jogava indiretas para ela, e acredite ela tinha vontade morrer a cada vez que ele dizia isso.
Susan estava tão pensativa aquela manhã que quando se deu conta já tinha devorado seu lanche e o sol já havia se posto. Ela rapidamente se levantou da cadeira da lanchonete, pagou o que devia e voltou para casa.
Um dos fatos muito interessantes sobre Susan é que ela odiava vizinhos, por isso arranjou uma casa completamente isolada do resto da cidade, se ela soubesse o que estava lhe esperando aquela noite teria preferido morar em um lugar bem mais movimentado.
Já em casa, sentada no sofá e tomando sua terceira garrafa de café, a moça estava debruçada sobre o notebook pesquisando mais sobre o caso de Steven, para ela nada ali fazia sentido.
Steven era corretor, tinha uma vida normal, família normal, e de repente alguém o mata. Não era um simples assassinato como vemos na TV, ou como quando se reage a um assalto. Não, não era nada disso. Alguém perdera muito tempo desmembrando e desfigurando o rapaz, coisa que um ladrão não faria, então o que teria motivado o ataque? Vingança? Provavelmente, o caso tinha muitos traços que o qualificava assim.
Susan deslizava os dedos sobre os papéis quando encontrou algo que realmente chamou sua atenção: a ficha do lugar aonde Steven trabalhava, com os nomes das pessoas que conviviam com ele, o que ele fazia, seu horário de serviço, etc. Mas não foi nada disso que chamou a atenção. Foi o nome da empresa: Tiger International. Com certeza Susan já tinha visto aquele nome em algum lugar... voltou seus olhos para o notebook e pesquisou o nome no arquivo da polícia. Bingo! Parecia que os assassinatos sem motivo que aconteceram nos últimos meses, todos eles tinham uma ligação com a empresa. Aquilo algo positivo, ela conseguiria resolver não só aquele caso, mas também todos aqueles outros, pelo menos era o que ela pensava.
De repente, a linha de pensamento de Susan foi cortada pelo som da campainha, ela se levantou e foi até a pota. Não havia ninguém. A única coisa perto da casa isolada era um Camaro cinza estacionado à alguns metros. Susan se aproximou e verificou que se tratava do carro de Jeremy. Mas o que ele fazia ali? Ela tentou chamar, mas antes de abrir a boca o carro fugiu. "Será que ele faz isso toda noite?" ela pensou.
Susan voltou para casa e se deparou com o portão da garagem aberto.
- Ei, ei, eu te fechei quando estacionei- disse Susan. Ela encostou o portão, entrou correndo dentro de casa, olhou à volta e não encontrou ninguém, mas algo lhe dizia que alguém estava ali.
Susan correu para o sofá para pegar o revólver que carregava sempre consigo, e para sua surpresa ele não estava ali. Ela se voltou e gritou:
-Quem está aí?
O eco de sua voz percorreu a casa, ninguém respondeu. Ela subiu as escadas em direção ao seu escritório, abaixou um quadro que cobria um cofre, abriu o cofre para pegar sua arma reserva e se deparou com o cofre vazio. Rapidamente ela subiu as escadas, abriu o guarda-roupa procurou suas outras armas que estavam escondidas ali. Não encontrou nenhuma. Só restava mais uma arma: as facas que sua mãe lhe dera antes de se mudar. Ela desceu silenciosamente as escadas em direção à cozinha, que por sua vez estava completamente escura, Susan foi apalpando a mesa até encontrar as facas puxou uma, e quando foi se virar sentiu o cano da arma nas suas costas.
-Não mexa um músculo - uma voz feminina lhe disse, e obviamente ela não obedeceu.
Num movimento rápido Susan se virou, empurrou a oponente no chão e acendeu a luz. Quando moveu os olhos ao encontro de sua rival entrou em estado de choque. Seus músculos paralisaram com a visão que teve.
Aqueles cabelos, os olhos, a boca, tudo que tinha no corpo da assaltante era idêntico ao seu, Susan viu um clone. Perfeita a sua cópia se levantou e se jogou contra Susan que caiu sobre sua própria faca no chão, por sorte a faca não acertara nenhuma parte importante, mas mesmo assim doía. Susan jogou o clone para o lado e correu em direção à garagem. Ao chegar lá pegou o carro e saiu, pelo menos uma coisa o clone não sabia: que ela sempre deixava a chave do carro no carro, ela arrancou com o carro e conseguiu fugir. Pelo retrovisor ela pode ver seu clone gritando ao longe.

***
Susan parou num posto de gasolina, foi à loja de conveniências e comprou os materiais para fazer o curativo, não iria ao hospital, tinha medo do clone a procurar lá. Ela foi ao banheiro do posto e começou seu tratamento. Enquanto ia passando os medicamentos e tentando arranjar uma explicação plausível para o que acabara de acontecer. De repente seus pensamentos foram interrompidos por alguém que chegou, ela olhou no espelho para ver quem era, e se deparou com seu clone com os olhos raivosos se aproximando.
Susan tentou fugir, mas o clone a impediu, e começou sua sessão de pancadaria, primeiro encheu a cara de Susan de socos, e quando a mesma não aguentava mais e caiu no chão o clone começou a chutar a moça.
Quando Susan parecia que ia desmaiar o clone a pegou nos braços e a levou para fora. Susan tentou perguntar para onde ela a estava levando, mas estava cansada demais para isso. O clone a pôs no carro, no banco do motorista e amarrou o cinto de segurança no seu corpo, logo depois foi em direção ao posto e buscou uma pedra enorme, Susan se contorceu e esperou pela pancada na cabeça, mas o clone colocou a pedra sobre o acelerador, e empurrou o carro para a pista se debruçou sobre Susan e disse:
-Vamos ver se você é tão boa assim.
Logo após o clone se levantou e ligou o carro que foi acelerando vertiginosamente, e aos poucos deslizando sobre a pista. Susan sabia o que lhe esperava, com todas as suas forças puxou as pernas para cima do banco e as abraçou em posição fetal, e esperou a morte lenta. O carro foi virando para a direita e caiu num desfiladeiro, e explodiu.

Continua...

1 comentários:

  1. Bem na melhor parte acaba! Como assim? E a Susan? Não sei, mas será que ela morreu mesmo? Pelo que a Clone diz, parece que Susan é especial e creio que ela escapou de algum modo.

    Bem Jason, você escreve muito bem, descreve as cenas de uma forma boa, detalhando na medida certa, fazendo o leitor mergulhar na estória, vendo cada detalhe e ação. A luta foi bem feita. Você tem uma estória envolvente, cheia de mistérios e suspense, esse clone da Susan, algo me diz que tem haver com a empresa e as mortes de certo modo.

    Enfim, parabéns, quero ver como vai ser o desenrolar da estória e se Susan sobreviveu ou não.

    Bjs

    ResponderExcluir