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Apenas o blog de um cara louco e cheio de ideias, tentando um pouco da sua atenção. Um lugar aonde você encontra assuntos abordados de uma maneira simples, rápida e de fácil compreensão. Está esperando o que para começar a ler?


O Clone (Parte 2)

















AVISO: Para a compreensão total dos fatos descritos nesse conto é sugestivo ler antes O Clone (Parte 1).


Título: O Clone
Gênero: Suspense
Contém: Agressão Física


Susan estava gelada, um vento frio soprava seus cabelos contra o rosto, quando abriu os olhos e viu uma imensa luz branca teve certeza de que estava morta. No fundo de seu coração fez uma prece para que fosse para um lugar melhor e não pior. Logo após que terminou sua prece e abriu os olhos percebeu finalmente que não estava morta, e sim num hospital, a luz nada mais era que uma lâmpada que ficava em cima de sua cama, o vento vinha de um ventilador e o frio vinha do mês.
Já era dezembro, Susan passara dois meses em coma, as folhas que cobriam o chão já haviam se transformado em neve a algumas semanas. Demorou um tempo até que ela se lembrasse do que tinha acontecido, mas quando lembrou tentou se levantar, mas suas costas doíam demais para isso.
Algum tempo depois de acordar uma enfermeira chegou no quarto de Susan e a saudou com um sorriso empolgante dizendo:
- Oh, Meu Deus! Você acordou!- disse ela se aproximando- Você não sabe o que passou, foi uma luta terrível para te manter viva! Mas graças à Deus você está bem! Nós sabíamos que você ia se recuperar bem, mas...- a tagarela enfermeira ia continuar quando percebeu que sua paciente não estava entendendo nada- Desculpe... eu estou muito animada por você ter melhorado.
-Que dia é hoje?- disse Susan após um esforço enorme.
-25!
-25?! Nossa! Eu dormi um dia inteiro!
-Não, você dormiu dois meses inteiros.
Só depois de escutar isso que Susan reparou nos papais-noéis espalhados no quarto. "Dois meses..." ela pensou"..o que será que aconteceu enquanto eu estava fora?". Mas seus pensamentos foram logo respondidos pelo comentário da enfermeira.
-Sua irmã vai ficar muito feliz em saber que você está bem, me espere que vou chamá-la!
"Minha irmã?" Susan pensou "Ela atravessou um continente todo para me ver? Pensei que estivéssemos brigadas".
Logo a enfermeira entrou trazendo pelo braço ninguém mais ninguém menos que o clone de Susan, mas diferente de antes, com uma expressão tão comovente que ganharia o Oscar de Melhor Drama.
-Oh, Susan... que bom que você está bem- disse o clone se aproximando- foi tudo tão difícil, mamãe queria vir, mas eu disse a ela que não precisava viajar de tão longe, ainda mais no estado de saúde dela, ela vai ficar tão feliz!- e após dizer isso se jogou nos braços da "irmã" e sussurrou- Grita que eu te dou um bom motivo para gritar!
Obediente Susan ia concordando com tudo o que seu clone dizia. Pela história inventada pelo clone, ela era irmã gêmea de Susan, Katy, as duas não tinham muito contato, mas assim que soube que a irmã se acidentara na estrada veio correndo para ajudar. Susan estava imóvel na cama, seu corpo ainda tinha as marcas do "acidente", e sentada ali teve tempo o bastante para encarar o inimigo. O clone não parecia assim tão assustador de dia, na verdade ela era só uma pessoa, a noite provavelmente deram um toque sobrenatural aos traços mais fortes do rosto dela, uma das coisas que mais chamava a atenção eram as mãos e as orelhas, os dedos em grande parte não tinham a primeira articulação, e as orelhas eram todas cheias de cicatriz e marcas uma delas que se estendia até o pescoço, o clone parecia ter passado por uma verdadeira seção de tortura. Susan observava e guardava muito bem isso na sua mente, talvez isso lhe seria útil mais tarde.
Logo após a saída da enfermeira Susan teve uma visita, dessa vez de Jeremy. Por mais que se encontrar com um cara que era apaixonado e que não aceitava não como resposta fosse um ruim, para Susan ver um rosto conhecido que não pulasse em cima dela com um revólver já era muito mais que bom.
Jeremy entrou no quarto com um buquê de rosas nas mão cobrindo o rosto, se aproximou da cama e abaixo o buquê falando:
-Surpre...- cortou sua palavra ao ver o clone sentado ao lado da cama, ele engoliu seco, ficou sério e continuou ignorando completamente o que ia dizer antes- fiquei sabendo que você tinha ficado doente, te trouxe isso- e esticou os braços entregando o buque em cima da cama.
Uma atmosfera completamente ruim tomou conta daquele lugar. Jeremy se sentou do outro lado do quarto numa cadeira de plástico e ficou encarando Susan e sua "irmã", por sua vez Katy parecia achar alguma coisa engraçada já que não tirava um sorriso do rosto. Já Susan parecia meio perdida nessa atmosfera, assimilar os fatos estava se tornando cada vez mais difícil para ela, só tinha certeza de uma coisa: o mundo que existia antes do dia 24 de novembro não existia mais, e agora tudo que restara era um lugar completamente cheio de sombras, aode um escorregão a levaria à morte.


***

Segunda-feira, se você acha esse o pior dia da semana se coloque no lugar de Susan: os colegas do Departamento de Polícia lhe preparam uma festa comemorando sua recuperação e ela teria de levar Katy consigo.
Se tinha uma coisa que Susan aprendera com uma semana no  hospital na companhia de Katie era que seu clone só parecia fisicamente com ela, mas tinha um intelecto e uma força imensamente maior que a dela, então lutar contra seu clone sozinha seria uma derrota premeditada, então pensou num plano: pediria ajuda para Jeremy ele com certeza ajudaria nisso, Susan só teria que fazer uma coisa bem simples: convencê-lo da absurda ideia de que ela tinha um clone assassino que a perseguia.
A festa preparada pelos policiais foi a mais terrível que existiu, encarar alguém mentido na sua frente por 3 horas seguidas era um absurdo, e ter que encarar isso com um sorriso na cara então nem se fala... Foram várias tentativas de ficar à sós com Jeremy, mas toda vez Katy a chamava: "Susan prova isso aqui!", "Mana olha essa foto!", "Sue, volta aqui me apresenta seus amigos", a voz de seu clone se tornara um tormento, mas depois de um tempo, em uma brecha mínima Susan consegui ficar à sós com Jeremy. Ela o puxou pelo braço até um lado mais afastado do resto das pessoas que cercavam Katy com perguntas, que por sua vez tentava esticar o pescoço por ângulos impossíveis para vigiar a irmã. Finalmente a sós Susan pode conversar com Jeremy que escutou pacientemente cada pedaço da história, acreditando em tudo sem fazer muitas perguntas.
-E então- perguntou Susan-, você vê alguma alternativa?
-Talvez- o rapaz falou -, tem uma pessoa que pode me ajudar nisso, mas tem que ser hoje.
-Hoje? Como eu vou fazer isso?! Você viu como ela fica no meu pé?
-Na hora do almoço, você vai até o banheiro, entra sozinha e foge pela janela. Eu vou te esperar do outro lado na rua com uma amiga minha.
-Amiga? Mas que amiga?
-Depois eu te falo, lembre-se: almoço, banheiro, janela, beco dos fundos.

***

Às vezes temos a simples sensação de que tudo vai ficar bem, não é? E de repente vimos que não é bem assim...
Susan conseguiu despistar o clone, correu para o banheiro e se enfiou pela janela, descendo até o beco - nunca ela ficou tão feliz por terem colocado uma janela enorme no banheiro feminino. No beco Jeremy já a esperava, sozinho.
-Cadê a sua amiga?- ela perguntou.
-Eu não sei, já era para ela estar aqui a muito tempo- ele respondeu.
Susan já perdia as esperanças quando um Mercedes preto apontou no beco. O carro estacionou o mais perto que podia e de dentro dele saiu uma mulher extremamente magra, branca como se já estivesse morta, com cabelos negros presos em um rabo de cavalo. A mulher se aproximou e disse:
-É ela?
-É ela sim Megan- Jeremy respondeu.
-Então vamos rápido com isso.
Susan já tomava folego para explicar a história quando de repente Jeremy lhe deu um chute na barriga tirando todo o seu ar. A mulher a segurou pelos braços com uma força sobre-humana e aplicou uma injeção no seu braço. Susan se contorceu com a dor, e então sua visão foi ficando embaçada, até que enfim desmaiou.
Jeremy e Megan a pegaram pelo braço e a colocaram no porta-malas do carro.
-Você vem?- a mulher perguntou.
-Não, eles podem sentir minha falta.
Lentamente eles deixaram o beco, e cada um tomou um rumo diferente. Ao chegar na frente do Departamento de Polícia encontrou Katy lhe esperando.
-Aonde vocês a levaram?- ela perguntou.
-Ela não é mais problema seu- ele respondeu.

Continua...

2 comentários:

  1. OMG!
    Voce tem que correr atrás de uma editora com esse texto, se já tiver tudo pronto então, melhor... Se não, termina e manda.
    Aguardo ansiosamente a continuação

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  2. Nossa! Eu aqui pensando que o Jeremy fosse um cara do bem, pronto para ajudar a amada, mas pelo que parece não é nada disso! Estou ansiosa pelo próximo, realmente a estória é incrível!

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