Imaginação Sem Limites (Capítulo 3)

Título: Imaginação Sem Limites

Gênero: Suspense

Má ideia, má ideia, má ideia... nunca deveria ter chamado Jane para minha casa e mostrado aquele livro para ela... agora estávamos presos dentro de casa com um leão faminto  a nos perseguir... ótimo jeito para morrer, devorado aos poucos por uma fera primitiva.

Naquele momento eu e Jane estávamos no meu quarto, trancados sozinhos, esperando alguma ideia ou a morte chegar, em todos os casos o que viesse antes seria difícil de se enfrentar e encarar. Mas era óbvio que queríamos sobreviver.

Jane estava paralisada abraçada ao meu braço, com os olhos arregalados encarando a porta do quarto, aquilo tinha sido uma experiencia forte de mais para ela que sempre fora descrente de tudo...

-Por que você fez isso?- eu perguntei, tentando quebrar a tensão no ar.

-Como eu ia saber- respondeu Jane com a voz tremula.

-Eu te disse...

-Eu pensei que você estivesse drogado.

-Por alguma vez eu já usei drogas?

-Teve aquela vez na festa da Sus...

-Ok, ok, mas eu não estava.

-O que a gente vai fazer?

-Eu não sei, estou pensando.

-A gente tem que pegar o caderno.

-Como?

-Você ainda guarda sua caixa de ferramentas no quarto?

-Sim. Por que?

-Você vai ter que arranjar outro quarto.

***

Delicadamente Jane pegou uma marreta enorme e soltou-a no chão do quarto abrindo uma pequena rachadura no assoalho, logo entendi o que ela queria fazer... e apesar de que aquele assoalho ter sido muito caro ele não era mais importante que a minha vida... Passadas meia hora nós já tínhamos conseguido abrir um buraco enorme no chão aonde podíamos passar tranquilamente.

Através do buraco pudemos ver o caderno em cima da mesa da minha sala, em aonde o deixamos. Mas ele não era a única coisa ali... o barulho atraiu o leão, que estava rugindo na sala, apontando seus olhos famintos na nossa direção.

Jane ficou olhando a sala por um minuto, depois levantou e me mandou tirar os sapatos, eu obedeci rapidamente, sem entender nada. Foi então que ela disse para descer bem silenciosamente e chamar a atenção do leão para mim, e depois correr de volta e trancar o quarto. Simples assim.

Tentei relutar, mas não tínhamos muita opção, eu abri a porta do meu quarto desci as escadas mantando o silencio e dei um grito para chamar a atenção da fera. O animal estava tão cego de fome que partiu em minha direção na mesma hora, eu subi as escadas e abri a porta do quarto, nem tive tempo de fechar o leão subiu sobre mim, mordeu meu braço o arrancando com a força da mandíbula, arremessando meu corpo para perto do buraco.

Naquele momento pensei que meu fim chegara, nem sentia a dor pelo braço decepado, o medo era muito mais forte que isso. O leão se encaminhou em minha direção mais uma vez, deu um pulo e... queimou...

O animal gritava de dor, rolava para os lados em chamas e eu sem entender nada... quando olhei para o buraco eu vi Jane com o caderno na lareira queimando. Após me tranquilizar a dor começou a aparecer, a sensação era terrível e estranha, meu braço desaparecera, e agora uma dor terrível se apossara de mim.

Jane ao ouvir meus gritos subiu até o quarto, chegou até mim e tentou me tranquilizar  falando que já tinha chamado a ambulância e que em breve estariam aqui. Eu me tranquilizei um pouco, mas não por isso. Mas sim por saber que aquele pesadelo agora passara, se tornara apenas uma memória ruim e que agora tudo o que restara eram cinzas.

Continua...

Antes de ir um pequeno aviso: ABRIMOS VAGAS PARA AFILIADOS! Se você tem um blog e está disposto a ser afiliado do blog (e cumprir aquelas regras sobre comentar, seguir, blah, blah e blah...). Se inscreva... estarei analisando sua proposta!