Imaginação Sem Limites (Capítulo 2)

Título: Imaginação Sem Limites
Gênero: Suspense

Cheguei em casa completamente assustado, o que acabara de ver não podia ser real, não era natural! Dragões não existiam, eram apenas frutos da nossa imaginação... mas o pior para mim não era o dragão... e sim o comportamento dele, os ataques, tudo era exatamente igual aos movimentos do Dragão do meu livro. Cada movimento era estranhamente os mesmos que o da minha história.

Aquilo me assustou, será que... Não. Não eu estava viajando de mais... Como algum monstro mitológico poderia sair da minha mente?

***

 Aquilo era completamente estúpido, eu estava no meio da sala, em posição de ioga, meditando, pensando em um gato, eperando que o mesmo aparecesse na minha frente... bem, pode parecer estranho, mas com o último acontecimento não era tão estranho assim.

Fiquei uns vinte minutos sentado no meio da sala esperando a chegada daquele maldito gato preto... e nada. De repente escuto a campainha da minha casa tocar.

Corri até a porta, e ao abrir vi que era minha irmã com meu sobrinho.

-Oi Alberto, meu irmão querido- disse Ana esticando os braços para um abraço.

Ah, eu conhecia aquela bondade de algum lugar... ah é mesmo, é quando ela quer algo. Ana é aquele tipo de mulher que consegue tudo piscando seus olhos, não tem como dizer não. Naquele dia ela queria que eu tomasse conta de seu filho.

Quando ela se foi eu entreguei um pacote de bolachas à Bob, meu sobrinho, liguei a TV em um desses canais infantis idiotas e lhe entreguei alguns papeis e lápis de cor para ele colorir, e voltei para a minha meditação. Alguns minutos depois Bob estava do meu lado, ele se sentou e  ficou me olhando.

-O que você está fazendo tio?- ele perguntou.

-Estou pensando- respondi.

-Em que?

-Em um gato.

-Que tipo de gato?

-Um gato preto, com pelos brilhantes...

-Ah sim..

O menino se levantou e me deixou a sós novamente.

Mais um minutos se passaou e eu de olhos fechados comecei a sentir algo pssando nas minhas costas, na hora pensei que fosse meu sobrinho e pedi para que parasse, mas da sala ele respondeu que não estava fazendo nada.

Então eu abri os olhos e me virei,e me deparei com um gato preto, belíssimo, com os pelos brilhando, ronronando atrás de mim. Levei um susto, então aquilo não era um sonho, nem piração da minha cabeça, eu era mesmo o culpado pelo dragão ter atacado a cidade.

Meu sobrinho apareceu aonde eu estava tentando me mostrar alguns de seus desenhos, mas nem prestei muito a ateção, subi as escadas e fui para o meu quarto, fiquei lá até Ana vir buscar Bob e depois voltei para lá. Precisava descansar um pouco a mente, aquilo tudo era absurdo de mais para mim.

***

-Oi Jane- eu disse, com a voz tremula ao telefone.

-Oi Beto, tudo bem?- a voz da minha agente soou do outro lado do telefone.

-Tudo, sabe eu precisava falar com você.

-Claro, pode falar, estou ouvindo.

-Acho que vou desistir desse projeto, sabe, o livro.

-Por que?

-Eu... eu... não tenho mais como tocar esse projeto, ele já deu o que tinha de dar...

-Mas Alberto, isso não funciona assim, você assinou um contrato.

-Olha, eu pago a indenização por quebra de contrato, mas eu não posso continuar a escrever...

-Olha eu vou aí, você não...

Desliguei o telefone, Jane era insistente de mais, e eu não podia explicar para ela o que estava acontecendo, ela me internaria em um hospício...

Olhei para o relógio, era onze da noite, eu não estava com sono, então fui para meu escritório, ao chegar lá vi os desenhos de meus sobrinhos espalhados no chão. Passei os olhos superficialmente sobre os desenhos, quando algo me assustou, meu caderno, aonde estava escrevendo meu livro, estava aberto, com um desenho de um gato em suas folhas.

Agora tudo fazia sentido.

Como eu pude ser tão burro?

Continua...