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Apenas o blog de um cara louco e cheio de ideias, tentando um pouco da sua atenção. Um lugar aonde você encontra assuntos abordados de uma maneira simples, rápida e de fácil compreensão. Está esperando o que para começar a ler?


O Clone (Parte 3)


ATENÇÃO: Para a total compreensão dos fatos descritos a seguir é sugerível antes a leitura de O Clone (Parte1) e O Clone (Parte 2).
Nome: O Clone
Gênero: Suspense
Contem: Agressão Física

A Morte pode parecer uma coisa ruim para muitos, mas para Susan, depois de todos os fatos decorridos, seria uma suave e doce solução, mas ela não era tão sortuda assim.
Susan acordou com uma forte dor de cabeça, quando abriu os olhos se viu em uma sala de cirurgia, completamente nua. Ela ficou deitada na cama esperando a dor de cabeça passar, e tomando coragem para enfrentar o que estava por vir. Quando finalmente conseguiu se levantar pode ver completamente o ambiente ao seu redor: era uma sala branca com um grande vidro na lateral, daqueles usados em salas de interrogatório aonde só a pessoa do outro lado te enxerga e você não vê nada; a cama aonde estava sentada era o único móvel ali, e a única saída era uma porta de metal que ficava do lado oposto ao do vidro.
Susan se levantou ainda tonta de onde estava e cambaleou até a porta aonde incessantemente gritou e tentou forçá-la a abrir. Quando suas forças finalmente acabaram ela encostou na parede e desceu lentamente até o chão, de lá pode ver que existia duas câmeras em lados opostos da sala. "Susan, Susan, aonde você se meteu garota..." ela pensava.
Do outro lado da câmera Megan observava a hóspede por televisores, acompanhada de um senhor baixo, idoso e gordo que anotava tudo o que Susan fazia em uma prancheta enorme que tinha em suas mãos. Minutos depois de Susan acordar, Jeremy chegou na sala dos televisores para ver o que estava acontecendo.
-Ela já acordou?- ele perguntou, puxando uma cadeira para se sentar.
-Acordou- Megan respondeu sem desgrudar os olhos da tela-, o que você está fazendo?
-Eu vim ver como nossa amiguinha estava- Jeremy respondeu.
-Você sabe muito bem que você não deveria estar aqui.
-Como não, eu também trabalho aqui.
-Você deveria estar vigiando Susan.
-Eu estou.
-A outra Susan.
-Pois é, eu estou vigiando, só que não posso passar 24 horas grudado nela.
Após essa afirmação Megan saltou de sua cadeira e pulou em cima de Jeremy, com a mesma força e graciosidade de um leão.
-Eu não vou suportar mai escapes, entendeu.
-Você está me machucando- Jeremy falou.
-Eu não vou ficar uma semana correndo atrás de uma policial idiota para depois chegar um projeto de homem que nem você e estragar tudo!- continuou Megan ignorando o que o colega disse.
-Eu acho que você está reclamando com a pessoa errada, que eu saiba você deixou ela escapar, agora sai de cima de mim que você está me machucando.
-Megan!- o idoso disse-, deixe Jeremy em paz.
A mulher obedeceu ao homem sem reclamar, suportando o riso de vitória de Jeremy.
-E Jeremy- continuou o idoso-, volte para a cidade e fique grudado em Susan 24 horas por dia, e saiba que se ela fugir de novo... digamos que teremos mais um corpo para descartar.
-Sim senhor- disse Jeremy se levantando e limpando a roupa suja do chão.

***

Três dias se passaram com Susan presa dentro da sala, ela já havia pensado em vários planos de fuga, mas nenhum tinha a deixa certa para acontecer.
Primeiro pensou em chutar a porta para conseguir quebrá-la, mas assim que seus calcanhares começaram a sangrar ela percebeu que isso seria impossível. Pensou em fugir quando eles lhe trouxessem comida, mas durante três dias eles não lhe trouxeram nada, nem água. Depois pensou em xingar quem estivesse do outro lado da câmera para que lhe descessem e lhe tirassem dali, mas nada aconteceu. Na sua última tentativa fingiu que enlouquecera, começou a quebrar a cama e atirá-la no vidro, cuspiu na câmera, e... nada.
Susan estava a ponto de enlouquecer de verdade quando um ideia brilhante lhe passou pela cabeça.
Megan, por sua vez, nem se comovia, parecia um robô assistindo à tudo - apesar de ter ficado bem tentada à descer quando a seção de xingos e palavrões começou, mas permaneceu firme em seu posto.
Já se fazia três horas desde o último ataque de Susan quando Megan resolveu sair da sala, já ia se levantando quando algo na tela lhe chamou a atenção. Susan pegara a cama para arremessá-la contra o vidro de novo quando caiu e desmaiou.
O velho deu um pulo de sua cadeira começou a gritar:
-Rápido! Rápido! Megan corre! Ela não pode morrer!
Os dois correram até a sala, abriram a porta e encontraram Susan deitada no chão sem consciência, era o que eles pensavam. Assim que chegaram mais perto do corpo Susan se levantou, deu um chute no velho e empurrou Megan contra a parede, e correu para fora.
Ao sair da sala, Susan viu que seu plano não era tão simples assim. O lado de fora da sala era muito parecido com uma área militar, um enorme labirinto! Ela correu por entre os corredores enquanto escutava ao longe vozes gritando seu nome. A única coisa que ela queria no momento era achar um lugar para se esconder.
Após alguns minutos correndo ela encontrou uma sala com a porta aberta, ela correu entrou lá, nem olhou o que tinha dentro, assim que viu um armário correu para se esconder dentro dele, pode parecer estúpido isso, mas funcionou. Algumas horas se passaram e ninguém a procurara ali, teve um momento em que viu um homem entrar na sala, mas o mesmo saiu sem sequer olhar dentro do armário. Susan então percebeu que o lugar estava seguro e então saiu de dentro do armário, olhou em volta do lugar e quase deu um grito ao ver o que tinha ali.
Eram dezenas de pessoas mortas em cima de várias mesas espalhadas por toda a sala que era maior do que ela pensara. Havia todo tipo de pessoas ali, homens, mulheres, crianças, adultos, adolescentes, idosos, negros, brancos, nipônicos, altos, baixos, qualquer tipo de pessoa existia ali, todos mortos em cima daquela mesas.
Susan foi passando por todos as mesas, observando horrorizada tudo aquilo. Ela não conseguia entender por que uma pessoa faria uma coisa daquelas, ela foi passando de mesa em mesa, até que parou em uma que lhe chamou a atenção: um homem loiro, alto, de pele clara que ela rapidamente reconheceu como Steven Morgan, o homem cujo o assassinato ela estava investigando.
-O que você está fazendo aqui?- ela falou se aproximando da mesa.
Ela chegou mais perto dele e tocou seu braço, qual não foi a sua surpresa quando o braço dele caiu, revelando uma estrutura de metal no lugar. Ela se aproximou do corpo e viu o quão estranho era isso.
O homem ali parecia ser um robô, uma cópia idêntica à do falecido, sua estrutura de metal era coberta por uma grossa camada de carne, pele e gordura. Susan estava examinando o braço quando viu um olho entalhado na parte de ferro exposta do robô. Ela reconhecia aquele símbolo, era o simbolo da Tiger International. Então aquela empresa estava realmente tramando alguma coisa, mas para Susan aquilo não fazia sentido nenhum.
De repente Susan escuta passos vindo na direção da sala, ela coloca o braço no lugar aonde estava e se abaixou atrás da mesa. Na sala entraram o velho que acompanhara Megan e um rapaz muito mais novo, aparentando uns 25 anos.
-Então Kevin- o velho discursava enquanto vestia um jaleco e colocava luvas-, o que você queria me dizer?
-Senhor, não encontramos a moça que fugiu do quarto 602- o rapaz respondeu.
-Droga- disse o velho chutando um balde que estava na sua frente-, ela não pode fugir!
-Me desculpe a pergunta senhor, mas por que você constrói esses clones? Só matar seus inimigos não resolve?
-Meu caro Kevin, esses clones funcionam como uma especie de espiões, eles substituem os inimigos, e por meio deles eu fico sabendo o que as outras pessoas estão fazendo.
-Desculpe, mas ainda não entendi.
-Bem, vamos ver... aquele ali- disse eles apontando para o jovem Steven Morgan, e começou a se aproximar da mesa-, esse homem se infiltrou na minha empresa, como a grande maioria aqui, para obter informações, mas eu não sou idiota, eu o subistiuí, e graças ao seu clone eu descobri vários outros investigadores infiltrados e agentes duplos.
-Agora sim, eu entendi.
-Mas ainda existe um detalhe, o clone não pode saber que é um clone.
-Como assim?
-Ele deve ser exatamente igual ao original, cada detalhe, tanto físico como mental, para extinguir completamente as chances do plano dar errado.
A conversa foi se estendendo, e Susan começou a entender o que estava acontecendo ali, ela sabia que se ficasse ali seria morta, então resolveu brincar com a sorte.
Susan saiu debaixo da mesa de Steven Morgan, e deu um soco no idoso, logo após o jovem Kevin tentou atacá-la, mas ela foi mais rápida, pegou o braço de ferro do clone e bateu com ele no homem que caiu sem consciência no chão. Depois virou-se contra o velho e fez o mesmo.
Susan pegou um jaleco que estava em cima de uma mesa vestiu- pois ainda estava nua-, e saiu da sala, dessa vez armada com uma arma que roubara de Kevin. Ela conseguiu passar por vários seguranças sem ser notada, até que enfim chegou na porta.
Quando saiu viu que tudo envolta era neve, provavelmente se saísse morreria de hipotermia. Susan pensou em voltar para pegar algo para se aquecer, mas lembrou que poderia ser pega se fizesse isso. Então Susan resolveu tentar a sorte, de novo, saiu no gelo, completamente desprotegida, provavelmente morreria antes de cumprir sua missão, mas pelo menos teria tentado.

Continua...

2 comentários:

  1. hmmm, agora as coisas fazem sentido.
    Louco para que saia logo a parte 4
    !!

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  2. Capítulo interessante! Algumas respostas foram dadas e Susan corajosa como sempre, espero que ela nao morra congelada e consiga ajuda! Esperando a parte 4!

    daimaginacaoaescrita.blogspot.com

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