Deadman (Capítulo 5)

Ola leitores! Tudo bem com vocês?

Estou aqui com mais um capítulo de Deadman que escrevi ontem à tarde, espero que gostem!

Título: Deadman

Gênero: Suspense

O hospital psiquiátrico estava movimentado de mais para um sábado de manhã, muitas pessoas estavam indo visitar seus amigos e parentes, mas no meio daquelas pessoas existia alguém que viera encontrar seu destino e as respostas para suas perguntas.

O coração de Hank estava batendo rapidamente, ele estava suando, estava morrendo de sono, mas não sairia daquele hospital até se encontrar com Evelyn. O detetive foi até a recepção, tentou se acalmar para não assustar ninguém com seu atual estado de nervosismo, e começou a falar:

-Bom dia- ele disse à recepcionista.

-Bom dia senhor, em que posso ajudá-lo?

-Eu vim visitar uma paciente.

-Pois não, qual o nome dela?

-Evelyn Barker.

A recepcionista paralisou ao escutar o nome, seu rosto assumiu uma feição de medo.

-O senhor é algum parente? – a recepcionista falou séria.

-Não- o detetive respondeu um pouco assustado com a mudança na mulher.

-O que o senhor deseja com a paciente?

-Eu estou investigando um caso que pode ter algo haver com o que ela estava resolvendo quando veio parar aqui.

-Um momento senhor...

A recepcionista levantou, e entrou no hospital demorou uma hora até voltar com a resposta. O médico de Evelyn queria falar com ele.

Hank foi levado pelos corredores do hospital até chegar a um escritório enorme todo branco, aonde um médico, que aparentava ter a mesma idade que Hank, estava sentado atrás de uma enorme escrivaninha marrom.

O médico sinalizou para a recepcionista sair da sala, assim que ficaram a sós o homem pediu para o detetive se sentar. Enquanto puxava a cadeira para se sentar Hank sentiu o médico o analisar com os olhos, viu o homem dissecá-lo com os olhos analisando cada um de seus movimentos.

-Então senhor... - o médico falou.

-Hank, detetive Hank Sullivan, prazer.

-Prazer, Jeremy Black, médico psiquiátrico.

-Sr. Sullivan, a minha recepcionista me falou que você queria falar com uma paciente minha.

-Sim, o nome dela é Eve...

-Eu sei quem é, e sinto muito, mas não vai poder vê-la.

-Como assim?

-Para a sua segurança é bom que não a veja. A Srta. Barker está passado por um momento difícil da sua vida e esta se mostrando um tanto quanto agressiva e têm surtos psicóticos, eu tenho um nome a zelar, não posso deixar uma paciente minha matar um policial.

-Eu não sou um policial, e eu tenho que falar com sua paciente, o senhor não compreende o quanto isso é importante.

-Então me explique.

-Eu não posso, é um caso secreto, eu realmente preciso falar com a sua paciente, eu só preciso de dez minutos.

-Eu não costumo fazer isso... só dez minutos, ok?
Hank respirou aliviado, por um momento pensou que teria que invadir aquele hospital à noite.

***

Mais uma vez o detetive se via perambulando nos corredores do prédio, dessa vez foi para uma ala que ficava ao leste do prédio, o lado oposto de onde ficava a sala do médico que o atendera. Uma coisa bem curiosa que Hank reparou foi que não existiam quartos daquele lado, só uma sala, onde Evelyn ficava, aquilo chamou sua atenção, mas achou que era por que o hospital estava com poucos pacientes.

O médico parou em frente à porta do quarto, a abriu e disse:

-Dez minutos, se tiver algum problema grite, eu estarei aqui fora.

-Você não vai entrar?- o detetive perguntou.

-Não, não sou tão louco quanto você.

Depois daquela frase Hank entrou na sala assustado com o que o estava esperando, e então encontrou uma mulher comum, em uma camisa de força comum, sentada de uma forma comum, sem nada de anormal. Na sala não havia nada além de duas cadeiras.

Evelyn não era uma mulher da qual se pudesse sentir medo, era baixa, magra, ruiva e tinha um rosto angelical, não pareceu algo com o que Hank precisasse se preocupar.

-Evelyn Barker?- Hank disse sentado em frente à paciente.

-...

-Srta. Barker.

A mulher se virou para ele, o examinou com os olhos da mesma maneira que o médico fizera antes.

-Quem é você?- Evelyn disse.

-Meu nome é Hank Sullivan, eu sou detetive particular, tenho algumas perguntas para você.

-Deadman...

-O que disse?

-Você veio aqui por ele, Deadman, não foi?

-Quem?

-Aquela voz, na sua cabeça, você vaio aqui por ele foi?

Hank estava certo, aquela mulher tinha mesmo o que ele procurava, aquilo o animou a ponto de esboçar um sorriso de alivio nos lábios.

-Você veio à procura de respostas às perguntas que estão borbulhando na sua mente- Evelyn continuou -, veio em busca da resposta para o mistério que tira suas noites de sono e que te dá medo, que te faz querer desistir pela primeira vez, pela sua família...

-Como você sabe disso?- o detetive perguntou assustado.

-O quanto você sabe?- a mulher disse ignorando a pergunta anterior.

-Quase nada.

-É melhor assim... Você tem sorte de ter me encontrado antes que descobrisse demais, volte para sua casa Sr. Sullivan, para sua esposa, ou esposo... Esqueça esse caso, finja que nada aconteceu e que tudo isso não passou de um pesadelo bobo.

-Como você pode me dizer para desistir tão calma assim? Eu não posso fingir que nada aconteceu, e minha consciência?

-Essa sua consciência o levará à morte, ou coisa pior.

-Como você sabe?

-Você não é o primeiro que vem me visitar à procura de respostas, não vai ser o último... Vários outros já passaram pelo que você está passando, me encontraram e vieram me fazer a mesmas questões que você quer me fazer, mas isso não vai ajudar em nada.

-Como você pode saber?

-Você está lutando com algo que não tem conhecimento, não somos ninguém diante desse inimigo ele vai nos esmagar, e então o que vai sobrar? Sua consciência?

Hank estava enganado, Evelyn não colaboraria, fora afinal uma perda de tempo ir ali, ele se levantou e foi em direção à porta, quando de repente da voz de Evelyn o deteve.

-Você vai seguir minhas ordens?

-Não, me desculpe, não posso ignorar que alguém possa ter esse poder destrutivo, mesmo que eu acabe como você...

-Sou imbecil!- a ruiva gritou- Pare de investigar isso Hank, ou eu vou atrás de você e acabo com a sua família, siga as regras que essa tola te deu antes que seja tarde.

Após dizer isso a mulher desmaiou, ele correu a colocou em seus braços e começou a chamar seu nome, até que ela voltou a si.

-Ai meu Deus, aconteceu de novo!- disse a mulher assustada- desculpe mas não foi culpa minha, foi ele.

Evelyn parou olhou bem o que tinha acontecido. Hank estava bem, isso era algo estranho, ela tinha certeza que Deadman conseguira invadir seu corpo de novo, mas dessa vez não matara ou ferira ninguém. Todas as outras vezes que Deadman a dominara algo terrível acabava acontecendo com quem estava perto, mas dessa vez não, Hank era diferente.

Uma esperança surgira no coração de Evelyn, parecia que aquele homem que estava na sua frente realmente podia fazer algo.