Deadman (Parte 3)

Título: Deadman
Gênero: Suspense
Contém: Assassinato e Agressão Física

Para a compreensão completa dos fatos descritos a seguir é sugerível antes a leitura de Deadman Parte1 e Parte 2.

-Bom dia Evelyn- disse o psiquiatra conduzindo a paciente em direção ao divã.

-Bom dia- a mulher respondeu.

Evelyn estava acabada, não dormia à várias semanas, seu corpo estava se destruindo aos poucos, não conseguia pensar direito, suas forças estavam se acabando, mas ela não podia descansar, não devia. A paciente parou em pé ao lado do divã vermelho e disse:

-Posso ficar em pé?

-Claro, se conseguir...

A mulher se encostou na parede e ficou encarando o médico. Aquele era o terceiro psiquiatra que iria tentar curá-la desde que entrara ali, os outros dois bem... ela preferia nem pensar no destino deles.

O médico esticou o braço e puxou a prancheta com a ficha de Evelyn, ela examinou tudo com muito cuidado. Pelo visto Evelyn era uma ex-detetive, aparentemente ficara obcecada pelo caso do assassinato de um senador à dois anos, ela ficara tão louca que acabou matando o esposo em um surto, e agora falava sempre sobre um assassino fantasma que supostamente a perseguia chamado Deadman.

Após analisar bem o estado de sua paciente o médico começou sua consulta.

-Srta. Evelyn Barker, como tem passado.

-...

-Srta. Barker?

-...

-Não quer conversar comigo?

-...

-Tudo bem. Eu estava vendo a sua ficha, aqui diz que você vê um certo fantasma, o nome dele é... Deadman, certo?

A mulher não respondeu nada, mas o médico pode ver claramente que aquele nome despertou um certo incômodo em sua paciente.

-Srta. Barker, tudo bem?- o médico perguntou ao ver o estado de sua paciente.

-Você é igual aos outros... você acha que eu sou louca, não é? Se eu fosse você saia daqui... enquanto ainda tem tempo.

-Enquanto eu ainda tenho tempo? Como assim?

-Você sabe o que aconteceu com os outros?

-Sei.

-Então se eu fosse o senhor saia daqui e continuaria com sua vida, como se não tivesse me conhecido.

-Por que, eu estou correndo perigo?- o médico ligou o gravador e colocou em cima da mesa, finalmente parecia que algo iria acontecer.

-Sim.

-Que tipo de perigo?

-Ficar perto de mim.

Evelyn lutava para manter as pálpebras abertas, mas não conseguia, por fim se rendeu e caiu no chão.

"Droga"o médico pensou, "agora que estava começando a ter algum resultado!". Ele foi ao encontro da paciente para levá-la para o divã, mas antes de chegar perto da mulher ela levantou e se dirigiu para o médico.

-Que susto que você me deu, achei que tinha desmaiado.

A paciente não respondeu nada apenas o encarou, seu olhar era frio, como se ela não tivesse uma alma, ela se aproximava lentamente com os movimentos um pouco contidos pela camisa de força. O psiquiatra sentiu um calafrio percorrer o corpo, algo estava errado ali.

Evelyn chegou bem perto do médico, deu sorriso diabólico, e então jogou seu corpo para cima do médico fazendo-o cair no chão e então mordeu seu pescoço, seus dentes perfuraram o seu pescoço, foi nesse hora que Evelyn deu um pulo para trás.

Seu olhar mudara, parecia assustada.

O psiquiatra chamou os médicos, mas antes que a levassem Evelyn foi em direção ao médico que dessa vez esperou pelo ataque, mas para sua surpresa ela não fez nada, apenas chegou perto de seu ouvido e disse:

-Saia daqui e não volte, não posso me responsabilizar por ele.

-Ele quem?- o médico perguntou. Mas antes de receber a resposta a paciente já estava amarrada numa maca.

O médico não conseguiu entender nada, quando Evelyn o atacara não parecia ser ela, parecia ser outra pessoa.

Aquela parecia uma boa hora para começar a acreditar em demônios.

Continua...